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Jardim Zoológico de Vidro
"TOM Hoje em dia o mundo é atravessado por relâmpagos que o iluminam! Apaga as velas, Laura - e adeus..."
Jardim Zoológico de Vidro, Tennessee Williams
Derrotados, sim, abandonados, sem hipótese, deixados para trás, com a electricidade cortada e contas por pagar, vencidos: mas estes são os invencíveis, esses sonhadores que Tennessee Williams cantou.
Jorge Silva Melo
FICHA ARTÍSTICA
JARDIM ZOOLÓGICO DE VIDRO de Tennessee Williams
Tradução José Miguel Silva Com Isabel Muñoz Cardoso, João Pedro Mamede, Guilherme Gomes e Vânia Rodrigues Cenário e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Som André Pires Coordenação Técnica João Chicó Assistência de Encenação António Simão Encenação Jorge Silva Melo
Classificação Etária M/14 | Duração 95 minutos
A peça passa-se num momento de mudança, mudança no mundo privado das personagens mas também no mundo público, como se repercutisse esta dor privada. Tal como nos diz Tom "Um casamento destruído pelo álcool, a ausência de filhos, mistérios e mentiras. Heranças, valores, filhos, sexo. E a doença, a morte. O que é a propriedade privada?". É um discurso que faz mais do que situar a peça, dá o contexto para o que, por contraste, deve parecer um drama menor. É um convite para ler os acontecimentos ironicamente e para ver no desejo de viver com ficções reconfortantes, em vez de enfrentar verdades brutais, uma estratégia condenada e, no limite, mortal. Pois, tal como Tom indica no mesmo discurso, quaisquer consolações ou distracções que existam - música swing, bebida, filmes, sexo, jardins zoológicos de cristal (este último sugerido pela referência de Tom a um lustre) - inundam o mundo com arco-íris que ele caracteriza como "breves" e "ilusório".