Não nos é possível esconder a enorme satisfação com que anunciamos, pelo segundo ano consecutivo, a edição do É-Aqui-In-Ócio, Festival Internacional na Póvoa de Varzim. Um festival para todos!

Este Festival acontece precedendo a Temporada Teatral que habitualmente se inicia em Outubro. A selecção dos espectáculos traduz-se numa mostra heterogénea e equilibrada, passando por diversas áreas e correntes do teatro, e atravessando transversalmente todos os públicos. Uma oferta de mais de uma dezena de espectáculos acontecendo no espaço que vai desde o equinócio de Outono até à Abertura da Temporada Teatral. Durante este tempo a cidade viverá uma nova atmosfera e uma nova energia. A presença de alguns grandes nomes do Panorama português e estrangeiro, alguns deles com espectáculos várias vezes premiados, garante desde logo a elevada qualidade deste festival, que acreditamos se tornará numa mais valia dentro do panorama cultural, não só da Póvoa de Varzim, mas de toda a região e, porque não dizê-lo, mesmo nacional.

“Do movimento ao Gesto” é o tema desta primeira edição, privilegiando, de alguma forma o corpo do actor como elemento que comunica, e o gesto da acção.

Mantendo o lema de “Um Festival para todos os públicos”, e também um festival para todos os palcos, acontecerão espectáculos de rua, matinés de Teatro para a Infância e também espectáculos para adultos e para toda a família.

Este Equinócio venha celebrar connosco o É-Aqui-in-Ócio!

22 de Setembro – Segunda Feira – A partir das 18h

Local: Rua da Junqueira, Largo Dr. David Alves e Largo do Passeio Alegre

Abertura do festival

*Irmãos esferovite – banda de palhaços (18h)

Nuvem Voadora Associação Cultural

*O Mundo debaixo da Minha Saia (19h)

 Companhiautista

 

associação cultural, é uma entidade independente, que reune as condições necessárias à concretização de projectos de criação artística, nas áreas do circo, música, teatro, dança, fotografia, vídeo, cinema, pintura, literatura e artesanato, entre outras formas de expressão. Investe no desenvolvimento cultural e social das comunidades onde se propõe intervir, estimulando a criatividade e a reflexão através de colaborações efémeras, envolvendo todos os que manifestem disponibilidade e empenho.

Caco: Filipe Caldeira trabalha há 9 anos como malabarista, performer . procurou desenvolver um estilo próprio de malabarismo, pessoal e personalizado. Uma procura de juntar outras artes, como a dança, teatro, capoeira com Malabarismo tornando-o uma linguagem, uma expressão. Recebeu formação de Vasco Gomes (Port.),Ville Wallo (Finl.), Dennis Paumier (Fra.) Thomas Dietz (Ale.)… Tem vindo a dar formacoes em varias convenções de malabarismo e artes do circo ( Vila do Conde, Joane, Tubingen, Nurtingen, Ulm), Associação Corda Bamba, Escola de Circo Zambaioni (Alem.)… Pipa: Luís Miguel Filipe nasceu em Vila do Conde em 1980. Desde cedo, como autodidacta, tem desenvolvido trabalhos na área musical e plástica. Participou em alguns projectos de musica como baterista, vocalista e maquinarias. Frequentou workshops de introdução á musica electrónica com andy spencer(Inglaterra), manipulação áudio e midi com jordan (canada) e aulas de tabla (índia). Ultimamente tem desenvolvido projectos cénicos criando ambientes sonoros.

SUB-TEXTO Nº1

Publicação de Reflexão Cultural

Edição: Varazim Teatro

Coordenação de Joana Soares

*GATO SAPATO – Gypsy lobby circus – Entrada Livre

Nuvem Voadora Associação Cultural

Sinopse:
Um músico e duas personagens inspiradas no universo cigano do leste, chegam e deambulam no espaço. Interagem com o publico tentando vender artigos do mercado do negro (relógios, telemóveis, cd’s pirata e roupa contrafeita). Finalmente, com acompanhamento da guitarra em tons de flamenco , revelam as suas habilidades. Viajam pelo teatro, musica, acrobacia, malabarismo com facas e fogo, dança e clown

Memórias de Palco

Teatro Português em Cartaz

Colecção Privada de José Leitão (Teatro Art’Imagem)

* (In Capacidades) – Entrada Livre

 Companhiautista – Vila do Conde – Portugal

somos o que somos. somos assim. não pedimos para nascer. mas queremos cá estar. eu gosto de ver, de sentir, de aprender. tu gostas de ouvir, de vencer, de amar. somos animais dotados de sentidos. cinco deles… ou não. seres de in(finitas)capacidades, somos pares nas pequenas diferenças. eu vejo-te. tu ouves-me. senta-te comigo. eu que vejo mas que sou tão mais cego do que tu. tu que me ouves e que escutas tanto mais do que eu. somos assim. somos bons e somos maus. eu engano-te. tu manipulas-me. e eu consigo mais que tu… quem, eu o forte ou tu o sábio? … não vale a pena. somos efémeros. eu no limite de ti. abraço-te… dois homens numa fantástica aventura de dias. somos iguais. somos assim. O espectáculo aborda diferentes linguagens: movimento, malabarismo, musica, teatro.

25 de Setembro – Quinta Feira – 22h

Local: Auditório Municipal da Póvoa de Varzim

*Julietta

Pela Shakespeare Women Company

sobre Romeu e Julieta William Shakespeare

com Sílvia Balancho

texto e encenação Claudio Hochman

música César Viana

baseado em Romeu e Julieta de William Shakespeare

(sinopse): Julietta [a personagem] está pendurada num trapézio. Joga inocente, como a menina qu e é, desfruta do espaço, em movimento, o risco. Não sabe o que a espera. Sílvia [a actriz] está pendurada num trapézio. Consciente arrisca, como a mulher adulta que é. Desfruta do jogo, do vértigo, do silêncio. Sabe perfeitamente o que a espera. Julietta recebe o anúncio, dentro de poucos dias casará com Paris. O tempo acelera e faz zig zag no espaço aéreo que a circunda, que a contém, que a desespera. Larga-se ao vazio, fala consigo mesma, arma estratégias, nega-se, enfrenta-se, mas a lei paternal impõe-se, deverá ir a uma festa e conhecer o seu pretendente. Julietta dança. Sílvia dança. Ambas se enamoram, uma sabendo o seu destino cruel. A outra, inocente nos preâmbulos da vida. A dança do amor, do descobrimento. Mas o desejado é um inimigo. Não dela mas da sua família. Mas o desejado mata o seu primo. Mas o desejado é deportado. Sílvia diz com palavras, gestos, lágrimas e tropeços. Julietta deve casar-se com quem seus pais decidiram. Uma cura dá-lhe um fármaco mágico. Irá fazer-se passar por adormecida e despertará quando os convidados da festa já estiverem pensando noutra coisa. O padre avisará Romeu e fugirão juntos. Mas a mensagem não chega e aparece o Romeu para ver a sua amada morta. Julietta desperta junto ao cadáver do seu amado. Sílvia chora. Lágrimas de verdade. Torrentes. Cataratas. Julietta mata-se. Cerimónia ritual. Infinitamente repetida. Sílvia transpira. Ela sabia mas não pôde fazer nada para a salvar.

26 de Setembro – Sexta Feira – 22h

Local: Auditório Municipal da Póvoa de Varzim

*Ela Uma Vez

Próxima Estação – Associação Cultural

Concepção Artística e interpretação: Cláudia Andrade_dramaturgia: helder soares_vozes off: lia torres bruno e josé rui martins_músicos: carlos peninha, miguel cardoso, marco santos e teresa gentil_concepção plástica: joana patrício e maria joão marques_música original: teresa gentil_video: ana pesquita_animação: joana patrício

Ela uma vez… são histórias, as nossas histórias, invenções, decepções. Elas gritam, despem-se, deixam-se amar. Inventam histórias com arroz doce e sonham com luas com asma. Mascaram-se de femme fatal, reinventam-se em Dudu das Águas, vestem vestidos vermelhos e vagueiam perdidas sem rumo. Fazem juras, rezas, poemas de amor. Revoltam-se, resignam-se e lutam por existir. Olham-se ao espelho, aceitam-se, caem e morrem muitas vezes durante a vida, esperam noivos que nunca chegam e escrevem manifestos. Acreditam em anjos, em amores utópicos, desígnios, mergulham no mar das suas próprias lágrimas, tecem ladainhas, murmúrios, canções. Despromovem exigências, pedem pouco, “amores feinhos”, a fome… Envelhecem, pedem “menos pausas”, rasgam a pele para que cresçaoutra e entregam-se… Elas são as palavras que contam, as histórias que vivem. Para mim elas têm muitas caras, muitos nomes, chamam-se marias, adélias, adílias, elisas, joanas, martas, anas, paulas, irenes, teresas, clarisses, cristinas, marinas, natálias…

27 de Setembro – Sábado – 17h

Local: Auditório Municipal da Póvoa de Varzim

*Volta ao Mundo – Uma Viagem de Circo Navegação

Limite Zero – Porto

Sinopse Dar a Volta ao Mundo é um projecto sempre entusiasmante. -      E se for de Barco? – Ainda mais aventuroso! -      E se for um Barco de Piratas? – Melhor ainda! Os guias desta espantosa Viagem no Espaço e no Tempo são: ·   Um Capitão – muito orgulhoso da sua grande experiência nos Mares; ·   Um Grumete – jovem impetuoso, ansioso por Aventuras; ·   Um Sábio –  que aparece quando menos se espera para tentar pôr algum senso naquelas Cabeças Loucas… Tentando contornar o Globo Terrestre, vamos cruzar-nos com alguns viajantes bem conhecidos, como Fernão de Magalhães ou Cristovão Colombo, e “velhos amigos” como Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral e Bartolomeu Dias- para além de muitos outros personagens fabulosos: Índios,  Sábios, Bruxos, Mostrengos, Génios e Loucos… Usando vários recursos cénicos (alguns de Animação, outros quase de Magia), faz-se o mais difícil e arriscado numa Viagem: ir a toda a parte sem sair do sítio! Aliando o rigor histórico à imaginação criadora, a Limite Zero tenta com esta peça atrair crianças e jovens para os encantos e importância dos fabulosos Descobrimentos Marítimos Portugueses, procurando ao mesmo tempo fornecer aos Professores uma singular ajuda no seu trabalho relacionado com um período notável da nossa História. Texto – Jorge Constante Pereira Desenhos – Manuel Cruz Encenação e Cenografia – Raul Constante Pereira Música – Fernando Rodrigues Desenho de Luz – Pedro Carvalho Interpretação – Nuno Simões, Raquel Rosmaninho, Raul C. Pereira Construção cénica – Sandra Neves /  Inácio Cruz / Pedro Barbosa / Rosário Matos / Pedro Esperança /  Joana Caetano / Helder Folgado / Raul C pereira Costureira – Alexandra Pinto Produção executiva – Adelaide Barreiros

27 de Setembro – Sábado – 22h30

Local: Junto ao Auditório da Lota

*NUSQUAM [Lugar nenhum, utopia]

Teatro do Mar – Sines – Portugal

NUSQUAM [Lugar nenhum, utopia] é a nova produção de rua de teatro do Mar. Um espectáculo visual, sensitivo e emocional. Representado em quatro estruturas cénicas móveis – de cerca de sete metros de altura -, cruza as linguagens do teatro físico com a dança, a acrobacia aérea, o vídeo e a música original.

O ser humano oscila no vazio sem encontrar um lugar onde lançar raízes, enquanto fica asfixiado por uma avalancha de informação que não pode digerir – e da qual não retira qualquer alimento. N U S Q U A M é uma reflexão sobre a natureza humana; um retrato possível do Homem contemporâneo na busca de si próprio e da sua razão de ser no mundo. O espectador é colocado diante da “enfermidade” do Homem contemporâneo: a procura desesperada para sobreviver à pressão da coerção social que nos aprisiona em “bolhas” particulares e nos transforma em indivíduos padronizados e reduzidos a normas sociais. A ausência de comunicação, a solidão, a veneração da televisão, a busca de modelos/ideais, a alienação e ideias ilusórias de liberdade e felicidade, a velocidade e invasão dos sentidos isola quatro personagens nas suas frustrações, conduzindo-as gradualmente a uma ruptura com a realidade N U S Q U A M é o caminho para o vazio, a perda de memória afectiva e cultural; um fosso apocalíptico onde todos caímos, sem que aparentemente haja uma verdadeira resistência.

28 de Setembro – Domingo – 17h

Local: Auditório Municipal da Póvoa de Varzim

*O Problema do Corvo

(Teatro para a Infância 3-12 anos)

 Texto original: Martinho S. Encenação: Leonor bandeira

Vamos conhecer a história de uns bichos que moram em velhas caixas de madeira… Moram lá o Corvo Cardoso e a Gralha Julieta (que gostam muito um do outro… um amor antigo e muito bonito, por sinal!). Também lá mora o Ouriço Felício, muito sábio e respeitado, o rato ratolas, a menina Doninha, a Sr.ª Toupeira e muito mais bicharada. Mas há um problema… o Corvo Cardoso é mentiroso. E de tanto mentir, já não consegue dizer a verdade!

28 de Setembro – Domingo – 22h

Local: Auditório Municipal da Póvoa de Varzim

*Peter Punk

Peter Punk – Espanha

2 de Outubro – Quinta Feira – 22h

Local: Auditório Municipal da Póvoa de Varzim

*Segundo Segundo

Mau Artista – Porto – Portugal

Encenação: Rodrigo Santos; Interpretação Nuno Preto e Pedro Fria

O ponto de partida é a desconstrução e a falta de ritmo. Se dermos estes dois como adquiridos, vemo-nos obrigados a estabelecer uma relação de urgência permanente com o compromisso que é pisar um palco sem a quarta parede. As duas personagens deste espectáculo carregam este peso consigo e andam como baratas tontas pelo espaço à procura de uma justificação para estar ali. Só. Nem que para isso tenham de esperar o segundo segundo para ver o que acontece. Trata-se essencialmente de um espectáculo que corre o risco de ser chato já que nenhum dos dois se preparou convenientemente para o que quer que seja – convenhamos, no entanto, que o termo “chato” é muito mais oral do que propriamente literário, por isso se calhar a expressão mais apropriada até seria “aborrecido”…ou até “sensaborão”. Resumindo: eles sabem que vão ter público; sabem a que horas começa o show; sabem onde é o palco; lembram-se de uma musiquita e algumas histórias e pouco mais. Com sorte algo corre mal, no próprio dia, e o espectáculo acaba por ser cancelado. Esperam para ver. Mas esperam que os vejam.

3 de Outubro – Sexta Feira – 22h

Local: Auditório Municipal da Póvoa de Varzim

*ONOFF

La Destileria – de Lucas Trapaza

Direcção. Miguel Muños e Lucas Trapaza. Em cena: LUCAS TRAPAZA (artista maldito) Género: Comedia. Subgénero: Onomato-Visual; Modalidad: One-tío-show. Categoría: clown bufo.

“Onoff” podia perfeitamente ser o apelido de um palhaço russo, mas que ser uma colecção de pólos opostos do interruptor da vida que, de tão opostos, tocam-se pelo lado contrário e não lhes fica outro remédio que ficarem juntos. Os… pólos opostos. Não me custa reconhece-lo, é um espectáculo contraditório, com contínuas contradições, ainda que ao dizer isto… estou a pensar que… quem sabe me contradiga a mim mesmo. Não interessa. Não quero desconcertar… Teatralmente, seria como uma dentadura composta de peças que conformam um sorriso obtido com humor visual, ainda que a ausência de texto não faz com que seja uma comédia muda nem muito menos. Que podia dizer? Pois… um show de pequenas histórias que aposta na linguagem não verbal para evitar as limitações da palavra, que joga no malabarismo dos contra-sentidos, reinventa o dilema dos conflitos, um espectáculo que abre as portas do riso e fecha as janelas do desespero, um grito à felicidade de estar vivo… O que é que eu sei? No final de contas… o que é que vou contar? Se pudesse explicá-lo de outro modo não tinha criado o espectáculo, não lhes parece? Sinto ser tão mundano e não ser mais transcendente, mas é meu dever de clown ser livre para jogar com o respeitável. O espectáculo é especialmente indicado para espectadores aventureiros que não tenham medo de sair do acento e dançar a alegria de não ser bonecos mortos sentados em cadeiras. Os outros também tem permissão para ficar… e desfrutar… ONOFF. Eu fico encantado na mesma.

4 de Outubro – Sábado – 17h

Local: Espaço d’Mente do Varazim Teatro

*Retalhos em Viagem (Teatro para a Infância)

Teatro do Frio

Direcção Artística. Catarina Lacerda; Assistência. Rosário Costa; Interpretação. Retalho #1 Rodrigo Malvar ; Retalho #2 Vasco Gomes; Retalho #3 Inês Lua; Direcção e execução plástica. Ana Guedes e Carla Capela

Retalhos em Viagem # 3 sol os. 3 intérpretes. 3 sinopses.

Retalho#1 – Salomé – Uma mulher. Uma rotina. Ao fim do dia, uma almofada. Durante o sono o sonho, o tempo em que tudo o que deseja tem espaço para ser.

Retalho#2 – Xavier – A vida do Xavier é feita de imprevistos e soluções. Um salvamento, 3 recuerdos, um grande sonho e a cesta de senhora devidamente sinalizada.

Retalho#3 – Mala de instruções – Uma menina nasce. Embrulham-na em panos, dão-lhe uma mala e um manual de instruções. 24 anos depois, a gota de água.

4 de Outubro – Sábado – 22h

Local: Auditório Municipal da Póvoa de Varzim

Companhia do Chapitô

Criação Colectiva Encenação: John Mowat Interpretação: Jorge Cruz, José Carlos Garcia e Tiago Viegas

Dr. Jonathan Harker, um célebre dentista inglês é chamado de urgência à Transilvânia, ao chegar ao castelo do seu cliente depara-se com um vasto espólio de doenças e estranhos hábitos de dieta e higiene oral: queda de dentes, gengivite, mau hálito e uma acentuada ausência de vitamina D. No regresso a Londres, sucedem-se incidentes ainda mais perturbantes: o conde não consegue abandonar os seus hábitos perversos, nem a sua particular preferência por certos grupos de sangue. Nada parece detê-lo. Sem alternativa Dr. Harker pede ao seu colega e amigo Prof. Van Helsing – o grande Vampirologista. Entre A positivo e RH negativo, o romance, o suspense e o drama nas ruas sombrias de Londres. O renascimento do afamado Conde Drácula, para recuperar uma dentição que não resistiu à passagem dos séculos. O mito no seu sentido mais Vampiresco.