Sinopse:
Uma gaivota, vítima da poluição de uma maré negra, confia o seu pequeno ovo a um gato, chamado Zorbas, pedindo-lhe para cumprir três promessas: não comer o ovo; cuidar dele até nascer a gaivotinha; e, por fim, ensiná-la a voar. Zorbas pede então ajuda a três amigos (Colonello, Sabetudo e Barlavento) para tentar levar a cabo a estranha missão de cuidar da gaivotinha. Depois de passarem por muitos perigos para cumprirem as duas primeiras promessas, eles têm que recorrer a alguém muito especial para os ajudar a cumprir a terceira (ensiná-la a voar !) mas, para isso, têm que quebrar o tabu dos gatos... Malditos Homens, mas não todos ou Uma fábula na plateia e no palco A "História de uma Gaivota e do Gato que a ensinou a voar" é um espectáculo para todos os públicos e para aqueles "que à beira do abismo compreenderam que só voa quem se atreve a fazê-lo". Na plateia uma instalação audiovisual é a ante-câmara do espectáculo, que nos remete para o universo fantástico do mundo animal. Segue-se o prólogo trágico da peça representado numa curta metragem vídeo que invade o palco fazendo a fusão com a coreografia de silhuetas, vultos e sombras. Depois vem a história contada por marionetas de polioretano flexível que permitem uma manipulação directa e uma estreita relação de cumplicidade com os actores que lhe dão vida. A história desenrola-se numa cenografia móvel e em micro-escala, onde as atmosferas sonoras e as nuances de luz e de sombras sublinham a plasticidade e oferecem o relevo e o "zoom" ao espectáculo. Esta fábula ecológica e social escrita por Luís Sepúlveda representa o regresso do Teatro Art'Imagem ao universo dos objectos, dos actores e das formas animadas. - Mama Mia!!! FICHA ARTÍSTICA: texto Luís Sepúlveda tradução Pedro Tamen dramaturgia e encenação Pedro Carvalho e Valdemar Santos interpretação e manipulação Flávio Hamilton, Pedro Carvalho, Teresa Alpendurada e Valdemar Santos concepção plástica e cartaz Sandra Neves música original Carlos Adolfo vídeo Paulo Martins desenho de luz Leunam Ordep execução plástica Sandra Neves, Joana Caetano, Manuela Carneiro, Mónica Almeida execução cenográfica José Lopes operação técnica Ricardo Santos direcção de cena Carina Moutinho apoio à manipulação Eduardo R. Cunha .Tatán. (Tanxarina Títeres, Galiza) fotografia de cena Marcos Araújo assistente de produção Claúdia Silva direcção de produção Jorge Mendo direcção artística Teatro Art. Imagem José Leitão SÁBADO: 26 SET *17h _ : ACENDE A NOITE _pela A Quinta Parede [para M/4 anos _Espectáculo Aconselhado para Infância e Família] Auditório Municipal da Póvoa de Varzim A Quinta Parede é um projecto que pretende realizar com o sen jovem público um intenso atravessar desta metafórica zona de fronteira colocada entre o palco e a plateia, na convicção de que só a continuidade de tais “passagens” consinta a iniciação de uma eficaz relação teatral com as novas gerações e a criação de um público mais crítico e culto. Com residência no norte de Portugal desde 1997 sonhamos envolver-nos com a comunidade. Desde a infância a procura de um público multietário que venha desejar o teatro e aprender a ama-lo. Teatro que se quer como direito democrático e cívico. Constatamos que entre as razões mais subtis e mais complexas que as pessoas têm para ir ao teatro é o seu desejo de testar, de ampliar e de explorar a sua necessidade de sociabilização. De provar o sentimento de pertença a uma comunidade e de combater o sentimento de solidão e isolamento que as sociedades ocidentais tendem a suscitar e acentuar. Porque, talvez, no teatro, esses espectadores estejam ligados de maneira imprecisa, mas perceptível aos outros membros do público. Assim, queremos que esta experiência teatral, embora vaga e indirecta nos proporcione a saudade do teatro, embelezada por uma aura mítica, onde o prazer estético se entrelaça com o prazer social.
Um rapaz não gosta da noite. Ele ama todas as espécies de luzes e do sol amarelo. Seu quarto, no coração da noite, é o único iluminado em toda a cidade. Mas ele vê os outros rapazes que jogam, à noite, entre o claro-escuro dos lampiões. Ele também gostava de jogar mas… Um dia chega a escuridão, uma menina que brinca com ele e lhe ensina o jogo de acender a noite. Uma história para nos fazer reflectir sobre os nossos medos da sombra, do nosso lado mais escondido e inquietante, mas cheio de maravilhas insuspeitadas.
ENCENAÇÃO E DRAMATURGIA Em criança eu gostava muito de brincar com bonecas. Mas era terminantemente proibido. Bonecas era coisa de meninas. Como se o acto ameaçasse a nossa masculinidade inoculando o vírus do feminino. Ameaça que o poder do escuro, da noite, (yin), fizesse despertar no luminoso e quente (yang) masculino a parcela de mulher que habita o nosso selvagem coração. O curto conto de Bradbury nos inspirou a reinventar teatralmente este estranho e exaltante prazer de contactar com a nossa parcela feminina. Poder brincar livremente com bonecas/marionetas que representam o nosso duplo neste grande espelho interior e reflexivo que é o teatro. Entre a narração e vivência, entre o sonho e a realidade penetramos no interior da terra, no reino das deusas mães, para reacender a escuridão intuída na
infância e recusada no adulto mundo da razão.
A NOITE A noite simboliza o tempo das gestações, das germinações, das conspirações, que desabrocharão em pleno dia como manifestação de vida. É rica em todas as virtualidades da existência. Porém, entrar na noite é regressar ao indeterminado, onde se misturam pesadelos e monstros, as ideias negras. A noite é a imagem do inconsciente e, no sono da noite, o inconsciente liberta-se. Como qualquer símbolo, a noite apresenta um duplo aspecto: o das trevas onde fermenta. A LUZ Luz e trevas constituem, geralmente, uma dualidade universal que exprime exactamente a do yang e do yin. Trata-se, em última instância, de correlações inseparáveis, as que o yin-yang representa, onde o yin contém o traço do yang, e vice-versa. (…) A dualidade é também na gnose ismaelita, a do espírito e do corpo, símbolos dos princípios luminoso e obscuro que coexistem no mesmo ser. A SOMBRA Através dos sonhos passamos a conhecer aspectos de nossa personalidade que, por várias razões, havíamos preferido não olhar muito de perto. É o que Jung chamou “realização da sombra.” (Ele empregou o termo “sombra” para esta parte inconsciente da personalidade porque, realmente, ela quase sempre aparece nos sonhos sob uma forma personificada.) (…) Quando uma pessoa tenta ver a sua sombra ela fica consciente (e muitas vezes envergonhada) das tendências e impulsos que nega existirem em si mesma. FICHA ARTÍSTICA: Texto de José Caldas livremente inspirado na obra de Ray Bradbury; Poesias de João Sousa Braga Encenação e interpretação: JOSÉ CALDAS, Cenografia: JOSÉ ANTÓNIO CARDOSO, Bonecos: MARTA SILVA, Música e Assistência de Encenação: MIGUEL RIMBAUD, Construção de Cenografia: RUI AZEVEDO, Operação de luzes: ARTUR RANGEL, Fotografias: SANDRA AMOS, Luzes: EQUIPA DE CRIAÇÃO SÁBADO: 26 SET *22h _ : Comemoração do 12º aniversário do Varazim Teatro _Exercício Final da Acção de Formação “Ferramentas Básicas do Actor” Espaço d’Mente do Varazim TeatroAcção de Formação a decorrer entre 1 e 11 de Setembro, durante a qual actores do Varazim Teatro passarão a sua experiência e conhecimentos a todos aqueles que queiram descobrir as ferramentas de que o actor precisa dispor para realizar o seu trabalho.
Os participantes são convidados a apresentar os conhecimentos adquiridos numa performance apresentada ao público.
DOMINGO: 27 SET *17h _ : João e o Pé de feijão _pelo Partículas Elementares [para M/4 anos. Espectáculo Aconselhado para a Infância e família] Auditório Municipal da Póvoa de Varzim Desde 2003, a companhia Partículas Elementares, espectáculo após espectáculo, vem conquistando o público por todo o país, no cenário do teatro infantil e de marionetas. Vem criando cumplicidades directas e precisas com as crianças e adultos, concretizadas através de histórias simples, delicadas e com a devida dose de poesia, que nos envolvem no primeiro instante. Partículas Elementares pretende fazer da sua actividade artística um forte instrumento de enriquecimento do imaginário infantil, actuando directamente na formação de cidadãos criativos e sensíveis, prontos a responder com afecto e respeito ao próximo e aos desafios da vida futura. Mostra que para contar uma boa história, basta deixar correr solta a fantasia! Duração: 45 minutos Inserido no projecto “Contos de Grimm – Na memória do Mundo (1785-1863), João e o Pé de Feijão é o primeiro de vários contos que a companhia vai encenar até 2010. A obra dos irmãos Jacob & Wilhelm Grimm foi elevada a Património Cultural da Humanidade pela UNESCO em 2005. O conhecido conto dos Irmãos Grimm, é neste espectáculo combinado com a conhecida e cativante ambiência, característica da companhia Conta as mirabolantes aventuras do João, um boneco com alma de menino, que sente a necessidade de se ajustar às lutas para conseguir a sua maturidade. É um espectáculo que discute de maneira subtil, as consequências destrutivas de não conseguirmos desenvolver níveis mais altos de personalidade responsável. Com momentos lúdicos e divertidos, combinados com outros de delicada e leve poesia, este espectáculo gera a constante necessidade de nos equilibrarmos sobre a corda bamba, entre a fantasia e a realidade. O espectáculo explora assim a riqueza e sabedoria do universo infantil, fazendo do João um verdadeiro ícone de todas as crianças ao materializar o anseio destas pela liberdade de viverem os seus sonhos. Texto original : Jacob & Wilhelm Grimm, Adaptação: Partículas Elementares, Interpretação: Carlos Silva, Cenografia: Nuno Pereira e Leonor Bandeira, Encenação: Partículas Elementares, Fotografia: Paulo Colaço Ilustração: Paulo Salvador, Marionetas: Leonor Bandeira & Carlos Silva, Produção: Partículas Elementares TERÇA e QUARTA: 29 e 30 SET *22h _ : Sede _pelo Varazim Teatro [para M/12 anos. Espectáculo Aconselhado para Jovens e Adultos] Espaço d’Mente do Varazim Teatro Companhia anfitriã deste festival, Varazim Teatro nasceu da vontade comum de um grupo de 13 pessoas, constituindo-se Associação Cultural à data de 26 de Setembro de 1997, depois de em Junho desse mesmo ano já ter estreado a sua I Produção, “Desimaginação-Farsa do Quotidiano” realizad a a partir de um texto de autor português, António Pedro. Desde esta data o Grupo tem produzido regularmente espectáculos de Teatro e várias Animações, tendo participado já em vários festivais de Teatro, nunca deixando de ter a itinerância como intenção. Actualmente o Varazim teatro já conta com 35 produções. Sempre apostando na contínua aprendizagem e na evolução, trabalhou com diversos encenadores convidados, que durante os ensaios foram formando o elenco e passando da sua experiência conhecimentos, modos de ver e sentir o teatro. Isto faz com que o Varazim Teatro não siga uma única corrente, mas antes experimente diversas linguagens teatrais, que exprimem um mesmo conceito e preocupação: a de levar a Arte a questionar o mundo, tornando o seu reportório mais vasto e rico. Nas suas produções procurou textos e autores que de alguma forma colocassem questões actuais, fizessem reflectir sobre o estado das coisas e o lugar destas no mundo. Fazendo espectáculos com textos de autores portugueses como: António Pedro, Almeida Garrett, Mário-Henrique Leiria, Raul Brandão, Pedro Eiras entre outros e de autores estrangeiros como por exemplo Samuel Beckett, Bernard Marie Koltès, Susana Poujol, António Albanese e José Sanchis Sinisterra. Inicialmente o Varazim Teatro se dedicava-se exclusivamente a produzir os seus espectáculos, desde Outubro de 1998 é também responsável pela programação teatral de carácter regular na Póvoa de Varzim, tendo já programado mais de 150 espectáculos, onde conseguiu trazer mais de 60 companhias de teatro nacional e estrangeiro à Póvoa de Varzim. Em 2002 a Associação arrendou um espaço para sua sede, esta condição tem vindo a possibilitar que o Varazim se tenha vindo a assumir cada vez mais como agente cultural e dinamizador da cidade em que se insere. Chegados aos 12 anos o Varazim consolida os seus desafio, realizando a II edição do É-Aqui-in-Ócio - Festival de Teatro na Póvoa de Varzim. O Varazim Teatro não é apoiado pelo Ministério da Cultura. Percorrendo quatro histórias, ilustradoras da qualidade do elemento água e da sua importância em relação à quantidade, o espectador ver-se-á envolvido na teia das histórias, podendo matar a Sede, apenas enquanto houver água. Sinopse em 4 momentos: O espectáculo tenta envolver o espectador, tocando-o numa das suas necessidades básicas: A Sede. A partir da Sede e da água, falamos do indivíduo, dos seus desejos, anseios, desesperos... esperança. Cada um dos personagens vive no seu momento, emoções que são universais Água, Amanda, Adelinda e Azrael podem ser cada um de nós, em dado momento confrontados com o excesso ou com a inexistência daquilo que nos é essencial. 1º momento: ESSÊNCIA: A água e o seu corpo essencial, o seu som, o seu choro, o seu riso, o seu lamento, o seu ondular, marulhar, o seu cair, o seu estar… um corpo sem palavras procurando a sua essência. 2º momento ABUNDÂNCIA: Amanda vive no amor pleno e na abundância do seu sentimento. Separados por um oceano, Amanda e Martinho correspondem-se com fervor e esperança. As palavras jorram em cascata, atropelam-se na ânsia de ultrapassar a imensidão de água que os separa. 3º momento: ESCASSEZ: Uma mulher é interrogada por furto. Espera-a a pena máxima, não há atenuantes para tão grave falta. 4º momento: AUSÊNCIA: Ao nosso encontro vem um ser sarcástico e provocador. Todos abandonaram aquela terra seca em busca de prosperidade. Todos menos um… O espectáculo SEDE, procura debater e provocar a reflexão para um problema mundial que é a crescente falta de água potável. Estão em curso, mas ainda não aprovado, manifestações que pedem que a água seja declarada um dos direitos fundamentais do ser humano. Para que todos tenham direito, gratuitamente, a uma porção de água diária. Duração 75min. (aprox.) Ficha Técnica: Texto, Concepção e Interpretação: Joana Soares, Direcção de Actor: Eduardo Faria, Música Original: Rui Alves Leitão, Voz Essência: Neusa Fangueiro, Desenho de Luz: Eduardo Faria e Guilherme Novo, Cenário e Figurinos: Joana Soares e Maria Maio, Operação Técnica: Guilherme Novo, Contra-Regra: Joana Sousa QUINTA: 01 OUT *22h _ : A Caravana _pelo Teatro meridional [para M/12 anos. Espectáculo Aconselhado para Jovens e Adultos] Auditório Municipal da Póvoa de VarzimO Teatro Meridional é uma Companhia portuguesa vocacionada para a itinerância que procura nas suas montagens um estilo marcado pelo despojamento cénico e pelo protagonismo do trabalho de interpretação do actor, fazendo da construção de cada objecto cénico uma aposta de pesquisa e experimentação.
As principais linhas de actuação artística do Teatro Meridional prendem-se com a encenação de textos originais (lançando o desafio a autores para arriscarem a escrita dramaturgica), com a criação de novas dramaturgias baseadas em adaptações de textos não teatrais (com relevo para a ligação ao universo da lusofonia, procurando fazer da língua portuguesa um encontro com a sua própria história), com a encenação e adaptação de textos maiores da dramaturgia mundial, e com a criação de espectáculos onde a palavra não é a principal forma de comunicação cénica.
Realizou até à data 33 produções, tendo já apresentado os seus trabalhos em 17 países – Argentina, Bolívia, Brasil, Cabo Verde, Chile, Colômbia, Equador, Espanha EUA, França, Itália, Jordânia, Marrocos, México, Paraguai, Timor, Uruguai - para além de realizar uma itinerância anual por Portugal Continental e ilhas.
Desde 1992, ano da sua fundação, os trabalhos do Teatro Meridional já foram distinguidos 22 vezes a nível nacional e 6 a nível internacional.
sinopseAtravés do comércio de um tecido leve, macio e brilhante, feito de fibra natural, o Oriente e o Ocidente deram-se a conhecer. Foi com a Rota da Seda, entre povos, culturas e singularidades, que se expandiram tantas novas ideias sobre o mundo! É isso possível agora com a globalização?
A C A R A V A N A é um espectáculo sobre a (in)comunicação, a singularidade do indivíduo e a sua identidade colectiva. Relatos de histórias contadas numa representação total onde o corpo do actor assume todos os recursos. De Pequim a Veneza, a maior de todas as rotas é aquela que se faz entre cada ser, preservando a sua essência, fazendo-o existir quando cada um se quis realmente plural.
Esta peça do Teatro Meridional faz-se com panos, evocando uma viagem que ligou o mundo através de caminhos e vontades. De cidade em cidade. Quando o percurso, mais do que a promessa de um destino, é a possibilidade de um encontro. Duração 65min. (aprox.)FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA Texto e Encenação Nuno Pino Custódio, Interpretação Carlos Pereira, Catarina Guerreiro, Nuno Nunes, Rui M. Silva, Yolanda Santos, Espaço Cénico e Figurinos Marta Carreiras, Desenho de Luz Pedro Domingos, Fotografia Margarida Dias, Assistência de Cenografia Marco Fonseca, Montagem Nuno Figueira e Marco Fonseca, Operação Técnica Nuno Figueira, Assistência de Produção Filipa Piecho, Direcção de Produção Narcisa Costa, Produção Teatro Meridional, Direcção Artística do Teatro Meridional Miguel Seabra e Natália Luiza
SEXTA: 02OUT *22h _ : Filhas da Mãe – Fantasias eróticas das mulheres portuguesas_por Célia Ramos [para M/18 anos. Espectáculo para Adultos] Auditório Municipal da Póvoa de VarzimSobre o espectáculo:
Para se chegar à verdade, é necessário assumir que há uma ilusão que nos tenta constantemente. Foi este o desafio a que se propôs o Projecto Filhas da Mãe: A actriz; que salienta e evidencia alguns aspectos visuais e auditivos da(s) figura(s) que pretende representar, acabando por lhe dar poderes que confundem muitas vezes o espectador …a personagem; que é sempre um ser que domina no hemisfério do imaginário. Ou seja, discernir a verdade a partir da qual a personagem foi criada, o espaço e tempo que domina, e que muitas vezes é uma tarefa árdua. Ser o actor ou ser a personagem, é um dilema que se enfrenta muitas vezes. Assim, no plano da forma, propõe-se um cruzamento entre, o jogar com a verdade e a ilusão, a realidade e a fantasia. Questionar se a verosimilhança, ou a abordagem simbólica e artística das situações, é que redimensionam a linguagem cénica… Abstracção de um público, sabendo que estão lá?!..
No plano do conteúdo, contam-se histórias; da infância à idade adulta, da educação dos pais à educação dos filhos, da excitação ao orgasmo, dos encontros e desencontros… as impressões/expressões do prazer erótico são invariavelmente únicas, originais. Em Filhas da Mãe, fala-se de mulheres, que corajosamente descrevem efabulações, factos, percepções e emoções da sua biografia sexual. Questionam e analisam os prejuízos que subsistem em relação à sexualidade feminina, de forma lúcida e vivaz, apesar de curvas e contracurvas no labirinto da memória. Vivem nos centros urbanos e rurais, são hetero, homo, bi…recheadas de caixinhas de Pandora! Não se padroniza a sexualidade da mulher portuguesa, não há receitas mágicas ou fórmulas infalíveis para o “pleno sexo”. Se existe pretensão, será apenas para que o publico aceite, tal como estas mulheres, perder-se e achar-se numa reflexão tão difícil, quanto importante.
Duração 70 minutos, aproximadamente FICHA TÉCNICA: Texto Adaptação de “ Fantasias Eróticas das Mulheres Portuguesas de Isabel Freire, Dramaturgia Célia Ramos, Criação Célia Ramos e Catarina Ascensão, Interpretação Célia Ramos, Figurinos Célia Ramos, Cenário Célia Ramos e Catarina Ascensão, Desenho de Luz Catarina Ascensão, Sonoplastia Catarina Ascensão, Vídeo João Lima, Produção CultIdeias SÁBADO: 03OUT *22h _ : A Tempestade _pela Companhia do Chapitô [para M/12 anos. Espectáculo aconselhado para Jovens e adultos] Auditório Municipal da Póvoa de Varzim A Companhia do Chapitô nasce em 1996, desenvolvendo desde logo uma linguagem artística própria. Desde a sua fundação, sob direcção de José Carlos Garcia, procura um teatro que convida a experiência humana e amplie a participação, um trabalho colectivo em movimento e em relação, onde os elementos vocais, instrumentais, gestuais, rítmicos e plásticos estão ao mesmo nível da linguagem verbal. Valorizamos as formas que revelam a criatividade e o optimismo humano, daí a nossa vocação para a comédia, que responde quanto a nós à capacidade do homem perceber os aspectos mais insólitos da sua realidade física e social. O nosso propósito é criar e comunicar um teatro dos sentidos, que sintetiza as várias artes de provocação e compromisso com o presente, uma arte centrada no actor e no jogo entre estes e o público, afirmando a sua vocação universal. Desde 1996, ano da sua formação, produziu 25 criações originais, apresentadas tanto em Portugal como na Europa, América do Sul, Médio e Extremo Oriente. A mais recente criação da Companhia do Chapitô é uma comédia visual baseada na peça de William Shakespeare. É uma história de magia, monstros e espíritos numa ilha encantada num mar distante. Conta o que aconteceu nesse mundo de sonho, quando a inocência, o amor, o medo, a malvadez e a vingança entram em choque sob o poder de um grande mágico. Uma parte significativa de “A Tempestade” depende, surpreendentemente, do não dito Transbordante de sentidos e essencialmente de natureza não-verbal, fixa-se em torno de uma série de quadros visuais e imagens a partir dos quais muitas das qualidades fundamentais do diálogo parecem emergir. A acção da peça é em si poética e mesmo as cenas cómicas são fortemente independentes da linguagem. Os hábeis jogos de palavras usados por Shakespeare, foram sempre marcantes na construção dos seus personagens cómicos, mas em A Tempestade são sobretudo os imemoriais e silenciosos padrões de pantomina que ressaltam. Provavelmente, mais do que em qualquer outra obra, os actores poderiam transmitir muito da natureza essencial deste drama em silêncio. Por vezes desconcertante, face á variedade de interpretações conflituosas que permite, “A Tempestade” gera momentos que clamam por uma explicação; muitos dos seus enigmas permanecem por revelar. A sua complexidade parece residir neste jogo onde, manifestamente, se esconde tanto, quanto o que se anuncia, é no entanto um trabalho extremamente generoso, oferecendo-se a quase qualquer tipo de significados que lhe sejam impostos. Tal como a unidade de tempo, a unidade de espaço é essencialmente mágica. Todas as personagens desta peça estão reunidas na ilha em pequenos grupos, separados uns dos outros de uma forma totalmente arbitrária. Todos eles foram levados para ilha por Prospero, e encontram-se totalmente à mercê da sua vontade. Tudo o que acontece a partir do naufrágio até à cena final está sob o seu domínio. É próspero que magicamente controla a unidade de acção, como um dramaturgo, que se prende na teia de ilusões que ele próprio teceu. “A Tempestade” terá eventualmente sido a última peça completa que Shakespeare escreveu. Foi apresentada à família real no dia de todos os Santos em 1611, e novamente no Inverno seguinte. Toda a especulação em torno do silêncio do autor, nos seus últimos anos, foi sempre inconclusiva, no entanto poder-se-ia dizer que “A Tempestade” terá sido a sua última peça, porque Shakespeare terá atingido aí um ponto para além do qual não poderia haver mais nenhuma evolução dramática. A peça mais visual de William Shakespeare Autoria: Criação Colectiva /Companhia do Chapitô, Encenação: John Mowat, Assistente de Encenação. José Garcia, Interpretação: Jorge Cruz, Marta Cerqueira, Tiago Viegas, Sonoplastia: Tiago Cerqueira, Produção Tânia Melo Rodrigues, Consultora de Texto: Carole Garton, Textos programa Patrícia Maio, Assessoria de Imprensa Sofia Lourenço, Design Gráfico Pedro Bacelar, Sílvia Rosado, Fotografia Filipe Saraiva, Sílvia Rosado, Simão Anahory, Desenho de Luz Jochen Pastermacki, Luís Moreira e Paulo Cunha Equinócio de 2009 Edição II Informações e reservas: 916439009 | 912420129 | | Venda de Bilhetes: Posto de Turismo da Póvoa de Varzim, Casa da Juventude, Biblioteca Municipal Rocha Peixoto, uma hora antes no local do espectáculo organização: Varazim Teatro – Associação Cultural Espaço d’Mente Rua da Fortaleza, nº20 4490-511 Póvoa de Varzim Apoio institucional: Câmara Municipal da Póvoa de Varzim#VarazimTeatro | #CompanhiaCerta | #Teatro | #PóvoaDeVarzim | #Cultura | #ACulturaÉSegura | #TemporadaTeatral