À Espera de Beckett ou QuaQuaQuaQua
2 Out 2021 | 21:30 | Cine-Teatro Garrett, Póvoa de Varzim
de Jorge Louraço
dur. aprox. 1h10m classificação: M/12
Sinopse:
Esta peça é antes de mais uma homenagem a Ribeirinho, cuja obra foi e continua a ser um exemplo de talento e dedicação, através da reedição de uma das suas características principais: a aliança entre o lado popular e o lado erudito do teatro. Para isso, recriamos três episódios específicos da carreira do actor e encenador: as três montagens de À Espera de Godot (1952), de Beckett.
Esta homenagem e esta reflexão têm a forma de uma situação concreta: quatro actores tentam ensaiar uma peça de Beckett, na esperança que o autor venha assistir ao ensaio, em dois momentos particulares da história de Portugal, a seguir às eleições de 1958 e a seguir à morte de Salazar. O terceiro momento, um epílogo africano, será já com o país à beira da revolução.
A primeira montagem da tradução de Nogueira Santos estreou em abril de 1959 em Lisboa, no Trindade, e apresentou-se no mês seguinte em Évora, Coimbra, Porto (no S. João) e Viana do Castelo. Dez anos depois, em março de 1969, de novo no Trindade, Ribeirinho volta a tentar e a falhar melhor, diria o autor irlandês, a montagem de Godot. Em 1973, Ribeirinho faz a derradeira tentativa, com uma companhia itinerante, apresenta a peça em Angola a colonos e militares.
Ficha técnica:
Texto e encenação: Jorge Louraço
Cenografia e figurinos: Patrícia Mota
Desenho de luz: José Neves
Som: Pedro Pires Cabral
Elenco: João Delgado Lourenço, Mário Moutinho, Óscar Silva e Pedro Diogo
Direção de produção e técnica: Amarílis Felizes
Produção delegada: Antunes Fidalgo Unipessoal
Co-produção: Teatro da Trindade – Fundação INATEL, Teatro Constantino Nery – Câmara Municipal de Matosinhos e Câmara Municipal de Viana do Castelo.
Sobre Jorge Louraço (Porto - PT)
Jorge Louraço (Nazaré, 1973) escreveu Cassandra de Balaclava, Xmas qd Kiseres (Christimas quando quiseres) e O Espantalho Teso, e encenou Conta-me Como É, com textos de Pedro Marques, Jorge Palinhos e Sandra Pinheiro. Fez a Oficina de Escrita Teatral de Antonio Mercado no TNSJ – Teatro Nacional São João, o seminário «Traverse Theatre», com Enda Walsh e John Tiffany, nos Artistas Unidos, a residência internacional do Royal Court Theatre, e o «Seminário de Escrita Teatral» de J. S. Sinisterra no TNDM – Teatro Nacional D. Maria II. No Brasil, trabalhou com os encenadores Marco Antonio Rodrigues, Cibele Forjaz e Marcelo Lazzarato, e publicou Verás Que Tudo É Verdade, sobre o grupo Folias (SP). Doutorando em Estudos Artísticos, pela Universidade de Coimbra, com uma bolsa atribuída pela FCT, é docente na ESMAE – Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo. Colaborou com várias publicações, como o Léxico de Pedagogia do Teatro, (Perspectiva), e as revistas Drama, Sinais de Cena, Camarim, Hemisférica, e coordenou seminários, encontros e workshops ligados à dramaturgia, em Portugal e no Brasil. Tem várias peças publicadas e levadas à cena, tendo a sua peça Êxodos sido nomeada para o Prémio de Melhor Dramaturgia da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes.
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