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A Força do Hábito

Plano geral da cena onde estão três personagens com os seus instrumentos e partituras.

6 de Novembro de 2021 | 21:30 | Cine-Teatro Garrett

De Thomas Bernhard

Pelo Teatro das Beiras

Encenação: Nuno Carinhas

Duração: aprox. 1h20 minutos

Classificação etária: M12 anos


Sinopse:

Se “A Força do Hábito” fosse um quadro de Magritte, teria inscrita a frase: “Isto não é um retrato de artistas”. Artistas relutantes, diga-se. Exilados, ambulantes – o público no escuro é reconhecido pelo faro apurado de Garibaldi: em cada cidade, um cheiro diferente. Os artistas odeiam-se entre si, não se entendem, embora precisem uns dos outros, e por isso mesmo. Para tocar em conjunto, para continuarem vivos. Continuando a ensaiar o “Quinteto da Truta”.
Uma homenagem que Thomas Bernhard presta à gente do Teatro, do Circo e da Música, com verrina e ternura. Criaturas (in)vulgares em versão de câmara.

A vida de todos os mortais precisa de narrativas construídas pelos artistas. E de que se alimentam os artistas para sua sobrevivência, para além do cheiro do público? Doutras artes, doutras práticas que lhes exigem persistência em busca da perfeição. A par dos afectos esquinados pelas ovelhas tresmalhadas da família e das memórias extremas. Dos momentos inesquecíveis, entre a ocasião sublime e o acidente fatal. Provas de vida a cada dia de ensaio, dentro e fora da “pista”. Sentidos alerta: um passo em falso, e é a morte do artista. Não desistir do treino e do rigor: cabeças e corpos. Ferrara / fé rara. De terra em terra, de estação a estação, a viagem com esperança no infinitamente difícil, inatingível. Bento Domingues: “Na utopia, vive a esperança de uma outra sociedade; na esperança, vive a utopia de um outro mundo”. Diz Garibaldi: “A sociedade escorraça de si quem a ameaça” (…) “Não resta senão”, diz o mesmo Garibaldi, “entrar com o arco a tocar pela morte dentro” Entretanto não se fala de produção nem de consumo. Tão só da alma, igual à peça de madeira que une as costas à frente dos instrumentos de corda e que faz ressoar o som. “Toda a palavra é uma invocação”, como no teatro! “A arte que se faz nunca mais deixa em paz a cabeça”. Uma homenagem que Thomas Bernhard presta à gente do Teatro, do Circo e da Música, com verrina e ternura. Criaturas (in)vulgares em versão de câmara.

Nuno Carinhas Teatro das Beiras, Covilhã, outubro de 2020

Ficha artística:

Autor: Thomas Bernhard

Tradução: Alberto Pimenta

Encenação: Nuno Carinhas

Cenografia, figurinos e cartaz: Luís Mouro

Desenho de luz: Fernando Sena

Sonoplastia: Hâmbar de Sousa

Interpretação: Fernando Landeira, Roberto Jácome, Sílvia Morais, Susana Gouveia e Tiago Moreira

Apoio musical: Maria Gomes e Rogério Peixinho

Operação de luz e som: Hâmbar de Sousa

Confecção de figurinos: Sofia Craveiro

Carpintaria: Pedro Melfe

Produção: Celina Gonçalves

Fotografia e Vídeo: Ovelha Eléctrica


O Autor | Thomas Bernhard

Nasceu em 1931 na Holanda, filho natural de uma austríaca e de um pai que nunca conheceu.
Passou a infância com a mãe e os avós maternos, em Viena, e foi influenciado pelo avô, que era escritor. A sua educação fez-se em dois internatos, um nacional-socialista e outro católico, e na música, com aulas de canto e violino. Mais tarde estudou representação e direção de atores. Entre 1952 e 1955, Bernhard colaborou com vários jornais, escrevendo crítica literária e começou a publicar alguns poemas e contos. Em 1957 publica o seu mais conhecido livro de poesia, “Na Terra e no Inferno,” e, em 1963, “Frost”, um dos seus mais importantes romances. A sua obra desenvolve-se entre a poesia, a ficção, o teatro e o ensaio. Autor maior da segunda metade do século XX, e certamente um dos mais polémicos, morre em 1989, na sua casa, em Gmunden, na Áustria.


O Encenador | Nuno Carinhas

Pintor, cenógrafo, figurinista e encenador. Foi diretor artístico do Teatro Nacional São João entre março de 2009 e dezembro de 2018. Como encenador, destaca-se o trabalho realizado com o Teatro Nacional São João e com estruturas e companhias como Cão Solteiro, ASSéDIO, Ensemble – Sociedade de Actores, Escola de Mulheres e Novo Grupo/Teatro Aberto. Como cenógrafo e figurinista, trabalhou com os encenadores Ricardo Pais, Fernanda Lapa, João Lourenço, Fernanda Alves, Jorge Listopad, João Reis e Nuno M. Cardoso, os coreógrafos Paula Massano, Vasco Wellenkamp, Olga Roriz e Paulo Ribeiro, e o realizador Joaquim Leitão, entre outros.
Em 2000, realizou a curta-metragem Retrato em Fuga (Menção Especial do Júri do Buenos Aires Festival Internacional de Cine Independiente, 2001). Escreveu Uma Casa Contra o Mundo, texto encenado por João Paulo Costa (Ensemble, 2001).
Dos espetáculos encenados para o Teatro Nacional São João, refiram-se os seguintes: O Grande Teatro do Mundo, de Calderón de la Barca (1996); A Ilusão Cómica, de Corneille (1999); O Tio Vânia, de Tchékhov (2005); Todos os Que Falam, quatro dramatículos de Samuel Beckett (2006); Breve Sumário da História de Deus, de Gil Vicente (2009); Antígona, de Sófocles (2010); Exatamente Antunes, de Jacinto Lucas Pires, a partir de Almada Negreiros, coencenado por Cristina Carvalhal (2011); Alma, de Gil Vicente (2012); Casas Pardas, de Maria Velho da Costa, com dramaturgia de Luísa Costa Gomes (2012); Ah, os dias felizes, de Samuel Beckett (2013); O Fim das Possibilidades, de Jean-Pierre Sarrazac, coencenado por Fernando Mora Ramos (2015); Os Últimos Dias da Humanidade, de Karl Kraus, coencenado por Nuno M. Cardoso (2016); Fã, um musical dos Clã; Macbeth (2017) e Otelo (2018), de William Shakespeare e Uma Noite no Futuro, a partir de textos de Samuel Beckett e Gil Vicente (2018). A convite da Casa da Música, encenou Quartett, ópera de Luca Francesconi, adaptação do texto de Heiner Müller (2013), e A Viagem de Inverno, reinterpretação de Hans Zender do ciclo de canções de Schubert (2016). Encenou ainda textos de autores como Federico García Lorca, Brian Friel, Tom Murphy, Frank McGuinness, Wallace Shawn, Jean Cocteau, Luigi Pirandello, António José da Silva, Luísa Costa Gomes, entre outros.


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