

3 de Maio de 2025 | 21h30 | Cine-Teatro Garrett, Póvoa de Varzim
* Sessão com Interpretação em Língua Gestual Portuguesa
pela Companhia de Teatro de Braga
Classificação etária: M/12 anos
Duração: 60 minutos
Sinopse:
Olhamos à volta e não vemos ou procuramos não ver.
Se vemos, quase não acreditamos possível.
Se vemos melhor, a miséria está aí.
Perto, dentro de portas.
Na casa ao lado.
Na rua de cima.
Longe, filtrada pelo ecrã, distorcida pela narrativa, real nos corpos mutilados, nos mortos-vivos, nos vivos-mortos.
Mais perto ainda, dentro de nós.
Se olharmos com uma boa lente, de grande alcance, uma lente que atravesse tempo e espaço, reconheceremos a eternidade, a inevitabilidade, a absurdidade de tudo isto.
E o humano, demasiado humano, profundamente desumano, portanto, de tudo isto.
Também nas palavras, repetidas, gastas, fragmentadas, gastas, reditas, gastas, e continuadas, sem descanso. À procura do sentido inexistente, negado, reiteradamente negado, do que que somos, quem, quando, onde, porquê – para quê, afinal.
Esta é a matéria de Beckett, esta é a matéria dos dias que vivemos.
Esperança? Residual, uma partícula no universo. No Teatro, talvez, ainda, apesar de tudo.
Ficha artística e técnica:
Texto: Samuel Beckett
Encenação: Sílvia Brito
Elenco: André Laires, Carlos Feio, Eduarda Filipa e Rogério Boane
Cenografia e adereços: António Jorge
Figurinos: Manuela Bronze
Espaço sonoro: Grasiela Muller
Desenho de luz: Nilton Teixeira
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